Caminha comigo, mão na mão através das luzes de neon e a espuma. Por cima das lâminas e dos corações partidos. Por cima da sorte e dos que são perseguidos por ela. Por cima dos restaurantes e dos rastos de estrelas.
Sei que sou um idiota, à espera que a poeira e a glória sejam uma espécie de tinta luminosa; as humilhações e exaltações que nos elevam. Eu vejo como um insecto, tudo demasiado grande, a pressão do infinito a martelar-me na cabeça. Mas como é que se pode viver, verticalmente como eu o faço, sendo puxado para cima e para baixo simultâneamente? Nem quero assumir que me possas entender. É como quando quero inventar o que te quero dizer, tu vais querer inventar o que queres ouvir.
Que história que temos. Palavras escritas em papel amachucado. Um sinal, uma luz ténue através do espaço um do outro.
A probabilidade de dois mundos se encontrarem é muito pequena. É uma imensidão demasiado grande. Mas, mesmo assim, construímos naves. E, mesmo assim, apaixonamo-nos.
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