quarta-feira, 2 de abril de 2014

Peter Pan

Um dia chega a mim a calma. O meu Peter Pan hoje ameaça-me. Aqui há pouco que fazer.
Sinto-me noutra rua, numa de estar em casa sozinho. Será culpa da tua pele?
Será que cresci, que alguma coisa tocou neste botão para que o Peter Pan se vá embora?
E talvez viva agora melhor, melhor comigo e com o meu interior.
Que a Sininho cuide de ti e te guarde...
Às vezes gritas aí do cimo, do céu, para destruires a minha calma. Comigo já não tentes nada: parece que o amor me acalma.
Se levas a minha infância, leva o que sobrou dela em mim. Se te vais embora, vou conseguir viver com a paz que preciso e pela qual tanto ansiei.
Passaste um bom dia junto a mim, parecia que querias ficar. Não havia maneira de saber.
Vais-me perseguindo  como um trovão, como um relâmpago azul.
Quando te fores embora crescerei e, encontro tantas partes que tinha esquecido.
Vê que já chegou o tempo, tenho paz e é o momento de crescer.

Espero que não volte mais, que fique quietinho como está, que ele de mim já teve bastante.
Foi uma fase para não mais esquecer, uma fase má que agora quer descansar.

Que a Sininho cuide de ti e que te guarde.


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