Acabas tudo. Saltas fora, deslumbrada com o mundo sem ele. Talvez passes mal durante 3, 4 dias é normal. Mas, tudo é novidade. As pessoas, as rotinas, as palavras...
És um centro das atenções. Tornas-te aquele fruto proibido mas que agora está acessivel. Tudo gira à tua volta. Tudo se transforma num satélite teu.
Sais, divertes-te, danças, ris...Estás em pulgas para saber o que vem a seguir. E o a seguir vem. E com ele vem sempre alguém novo. E rapidamente.
Os primeiros tempos são óptimos: lá está, a novidade. Pensas que afinal fizeste bem, que não morreste, ninguém morreu.
Enganas-te. Ele morre por ti aos poucos, parte por dentro aos poucos. Segura-se ao que pode, mas a cada hora, a cada foto nova, a cada caixa de mensagem vazia ele, inevitavelmente, quebra. Porque ele te ama, ama-te mesmo apesar de seres fria, dura e ele não o merecer. Imagina uma montanha russa; é assim que ele sobrevive no dia a dia.
Até que um dia, vês que te enganas-te a ti mesma. Que o "a seguir" não te dá a segurança que tinhas, que as promessas que te fizeram nunca se vão realizar. Que gozaram contigo. Que te usaram para o que quiseram. E aí arrependeste. E quando te arrependes tens dois caminhos: admites o erro e vais atrás, porque ele te ama; ou não engoles o orgulho e deixas o futuro passar-te ao lado.
Tens medo? Ele perdoa-te. Se te ama? Incondicionalmente. Apesar de magoado, vazio, destruído...ele perdoa-te porque o amor que tem por ti é maior que o orgulho.
E tu...engoles o orgulho?

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