segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Nem a 1/4, nem a 1/2 mas a 1/1

Não sei gostar ou amar pela metade. Nunca soube. É defeito, feitio, teimosia, orgulho, ego e todos os sinónimos que quiseres dar.

Se não faço as coisas por inteiro prefiro não as fazer. Se não as sinto por inteiro prefiro não sentir. Seja amizade, amor, raiva, ódio.

Mas hoje é sobre o amor. E escrevo amor e não Amor, porque ele (ou ela) não o merece .
Para quê prometer se nunca se cumpre? Para quê olhar, sorrir, beijar se no final valeu menos que um grãozinho de pó ao vento? Se daqui a umas semanas já nem te lembras?
Eu posso ter perdido, mas tu perdeste muito mais. Porque quando olhares para trás, vais ver que atrás de ti não vem nada porque eu já vou estar muito à frente. Anos-luz.
Queres alcançar? Deixa o 1/18 e passa a 1/1 e com um pouco de sorte, engenho e vontade talvez, talvez consigas (se não tiveres máquina de calcular para fazer as contas, pede emprestada ou que ta devolvam - não as vou fazer por ti).

E não, não sei mesmo fazer nada pela metade. Chama-me parvo, otário, burro. Quero lá saber disso. Preocupa-te contigo. Preocupa-te em pensar que puseram sonhos em cima de ti mas, que não eram os sonhos que eram demasiado grandes mas sim , que tu na altura, eras demasiado pequenina para os sustentares. Essa deve ser a tua preocupção. Porque se nunca tive o teu respeito, quanto mais o teu amor como lhe chamavas? Estrabucha, atira pó para cima de quem quiseres, finge, mente, usa cortinas e fumo para dissmulares. Sei que vai haver sempre uma vozinha na parte de trás da tua cabeça a chatear-te. Sempre talvez não. Mas vai chatear-te pelo menos uma vez, durante um segundo. E aí, já ganhei.

É de mim, desculpa lá. Desculpa lá? Não... Vai-te lixar. Sou mesmo assim e avisei-te. Já o sabias antes daquela noite, depois de dançares comigo, em frente a toda a gente no meio da rua, quando te pedi namoro (sou um clássico, que se pode fazer?) que eu já era assim. Já sabias no que te metias, quando toda corada, enrascada e timida me olhaste nos olhos e disseste o que mais queria ouvir da tua boca. A boca não acompanhou o corpo, nem a mente e muito menos... O que quer que seja, porque o coração serve é para bombear o sanguezinho para as veias e não para sentir: deixa-te de tretas.

E já sabias o que vinha aí quando me deste o teu número e esperas-te e desesperas-te naquela noite, quando fui embora, que te enviasse uma mensagem. Repeti vezes sem conta " quando gosto, gosto a sério".
Não tinhas arcaboiço para mim. Não eras tu que eras demasiado para mim. Eu sou demasiado para ti. E assustaste-te. A culpa não é minha, fiz tudo como vem nos livros. Nos meus livros. A culpa é tua que, de tão assustada que estavas, nunca tiveste a coragem e o respeito de me olhar nos olhos e dizer o que se passava. Porque sabias que ias quebrar. Que depois de tudo o que viveste eu era, talvez, a tua esperança de teres o que merecias. Erro teu se não te apercebeste do que merecias, se não conseguiste ver isso. "Cada um tem o amor que acha que merece". E tu escolheste aquilo que achas que mereces. E digo "achas", de boca cheia, sorriso nos lábios com toda a convicção. Achas.

Tanto que até agora nunca negaste nada do que te foi dito por mim, ou pelas pessoas à tua volta. Nunca o negaste. Preferiste fugir... Atitudes. Eu tenho a minha. Tu a tua. Fruto da maturidade, experiência, evolução. Podia-ta dar mas não a quiseste. Sempre fui demasiado para ti. Fui muito.

A minha vontade? Voltar atrás, dar duas chapadas a mim mesmo e dizer "Vai para casa, entras aí desperdiças tempo". Devolves-me o tempo que perdi contigo?

Agora, assisto de primeira fila, bilhete VIP, à tua queda. Já subiste. Hás-de cair. Se vou estar aqui para te dar a mão e te levantar? Ou a tua essência é a mesma e mudaste pontos chave. Ou esquece. Esquece mas não apagues. Isto nunca vais apagar. Serei sempre aquele porto de abrigo que quase que alcançaste mas que nunca tiveste coragem para pedir para entrar.

Eu vivo bem com isso. E tu? Vives ou, sobrevives?




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